Moderno é o novo retrô
10 de Janeiro de 2017
Móveis com inspiração modernista se encaixam em qualquer ambiente
“Moderno" é um conceito complexo. Pode tanto ser algo atual e contemporâneo como algo que se refere ao período modernista – uma corrente artística que tomou conta do cenário cultural na primeira metade do século 20 e já tem cerca de um século de existência. A idade não importa: a decoração sempre ganha um novo fôlego quando revisita uma linguagem mais antiga com um toque de novidade.
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Em primeiro lugar: o modernismo não se refere a uma estética futurista. A ideia era fazer um contraponto ao excesso de ornamentação típico do século 19, indo na esteira da revolução industrial, quando os objetos passaram a ser fabricados em série e com peças intercambiáveis. Saía do foco o artesão e entrava em evidência a figura do designer. A proposta era que as formas fossem simples e usuais – a praticidade acima de tudo. O grande lema era: a forma segue a função, a tecnologia se unindo ao cotidiano na busca pela funcionalidade.

Linhas retas, minimalismo, elementos metálicos, geometria (sobretudo o quadrado e o retângulo). Estes elementos estiveram em evidência na arquitetura, mas também apareceram no mobiliário. Pudera: artistas e arquitetos da época enveredaram pela produção de móveis, com clara inspiração na estética alemã Bauhaus.

No dia a dia, isso é traduzido de maneira bem simples – e, de tão quadradinho, se encaixa em qualquer casa. As grandiosas estantes de antigamente podem hoje ser facilmente substituídas por um balcão baixo, com perninhas finas de aço. Um armário ou um guarda-roupa podem evidenciar a geometria das portas e ter vãos livres, em referência aos pilotis dos prédios modernistas. Já um criado-mudo pode ser um bloco de madeira suspenso por pernas compridas (ou mesmo dispensar as pernas). Na estética modernista, a discrição das peças nem de longe as deixam apagadas – ou contrário: evidenciam ainda mais a sua elegância.


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